Regulação e Oportunidades no Mercado de Carbono para Usinas Solares
12 de agosto de 2025Tendências Globais em Energia Renovável para 2030: Onde o Brasil precisa acelerar
13 de agosto de 2025A cobrança da energia elétrica no Brasil está mudando — e para as pequenas e médias empresas, isso não é apenas uma questão regulatória: é uma virada que impacta diretamente o caixa. A nova tarifa binomial, que separa o que você consome do que você contrata, traz uma nova lógica para a conta de luz: ou sua empresa se adapta, ou paga mais.
Neste artigo, a MTX26 explica, sem rodeios, o que essa mudança representa, quem será mais afetado e como se proteger com inteligência energética e planejamento.

A tarifa binômia é um modelo de cobrança de energia elétrica utilizado para consumidores de alta tensão (Grupo A), onde o custo é dividido em duas partes: demanda (valor fixo) e consumo (valor variável). Basicamente, os consumidores pagam tanto pela quantidade de energia consumida (kWh) quanto pela capacidade de demanda de energia (kW) que utilizam.
O que é a tarifa binomial (e por que ela muda tudo)
A estrutura binomial é simples, mas poderosa:
- Energia ativa (kWh) — o que a empresa de fato consome;
- Demanda contratada (kW) — o que a distribuidora precisa reservar para você, mesmo que você não use.
Antes, essa separação estava restrita a consumidores de maior porte. Agora, ela se estende para mais perfis empresariais conectados em média e alta tensão. Resultado: a conta passa a ter um peso fixo muito mais significativo — e ele não diminui se você consumir menos.
Quem vai sentir primeiro (e mais)
Negócios que operam com variação de carga, sazonalidade ou picos curtos — como padarias, frigoríficos, serralherias, redes varejistas, lavanderias, escolas, clínicas e centros logísticos — terão um problema a resolver: a demanda contratada pode estar mal dimensionada para o novo cenário.
Um erro comum: contratar folga demais “por segurança”. Com a nova regra, isso vira custo fixo elevado.
O impacto real em 2025
Com a adoção plena da tarifa binomial em 2025, PMEs conectadas em baixa e média tensão começaram a sentir o peso da parcela B (demanda contratada). De acordo com a Aneel:
- A TEO (Tarifa de Energia de Otimização) subiu 9,7% em 2025, pressionando ainda mais o custo fixo;
- Pequenas empresas no Espírito Santo, por exemplo, projetam alta de até 11,6% nas tarifas médias;
- Estimativas da eduCAPES mostram que até 95% do valor excedente em contas de energia de PMEs está associado a má gestão da demanda contratada.
Ou seja: o problema não é a energia em si — é como você está pagando por ela.
Como reduzir o impacto da tarifa binomial
A boa notícia: há margem para ajustes. A má: vai exigir ação técnica, não improviso.
1. Redimensionamento da demanda contratada
Simulações com base em dados históricos de carga evitam excesso ou subcontratação. O alvo: encontrar o ponto de equilíbrio entre custo fixo e risco de multa por ultrapassagem.
2. Automação para controle de picos
Equipamentos como EMS (Energy Management Systems) e controladores de carga permitem isolar picos e distribuir melhor a demanda. Custa menos do que manter potência ociosa.
3. Geração solar e BESS (bateria)
A geração própria reduz a energia da rede. Já o armazenamento permite atenuar picos, diminuindo a necessidade de contratar demanda elevada.
4. Análise do perfil tarifário e migração
PMEs com carga acima de 500 kW podem migrar para o mercado livre de energia (ACL). A precificação é separada por consumo real, e a demanda é contratada diretamente.
A diferença entre pagar a conta e controlar a conta
A tarifa binomial não é um castigo. É um sinal claro de que o consumidor empresarial precisa gerenciar sua energia como gerencia seu estoque ou seu capital de giro.
Quem conhece sua curva de carga, dimensiona com precisão e investe em soluções inteligentes, transforma a tarifa em previsibilidade e controle. Quem ignora a mudança, subsidia o sistema com o próprio caixa.
O que a MTX26 faz por você
Na MTX26, lidamos com contas de energia como quem lida com ativos estratégicos. Nossos serviços para PMEs incluem:
- Diagnóstico energético completo, com análise da curva de carga e identificação de gargalos tarifários;
- Redimensionamento técnico da demanda contratada, com modelagem baseada em dados reais;
- Implantação de EMS e controle de carga, com ROI rápido e redução imediata da parcela fixa;
- Projetos de geração solar + armazenamento, conectados à lógica da tarifa binomial;
- Acompanhamento regulatório contínuo, para antecipar mudanças e evitar surpresas.
Conclusão
A tarifa binomial é uma virada estrutural no modelo de cobrança de energia. Para pequenas e médias empresas, representa o fim da era do consumo intuitivo e o começo da era da inteligência energética.
Quem age agora transforma despesa em vantagem competitiva. A MTX26 está pronta para estruturar essa virada com você.