Inverted Tier Rates: o que o Brasil pode aprender com Ahmad Faruqui
27 de junho de 2025Como Funcionam as Usinas de Investimento: Modelo, Retornos e Segurança Jurídica
1 de agosto de 2025A geração distribuída (GD) vem se consolidando como um dos pilares da transição energética no Brasil. Em 2025, a capacidade instalada ultrapassou 38 GW, e os investimentos no setor devem alcançar R$ 27 bilhões até o fim do ano, de acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). No entanto, o crescimento acelerado impõe novos desafios regulatórios, exigindo adaptação de empresas, consumidores e distribuidoras.
Neste artigo, analisamos o marco legal vigente, as mudanças previstas para os próximos anos e como a MTX26 está se preparando para liderar esse novo ciclo de oportunidades na energia limpa.
1. Panorama Atual da Geração Distribuída no Brasil
1.1 Avanço da capacidade instalada
O Brasil atingiu, em abril de 2025, a marca de 38 GW de potência instalada em GD, com mais de 1,8 milhão de unidades consumidoras atendidas por sistemas próprios ou consorciados. Só no primeiro semestre, foram adicionados 5,25 GW, consolidando o setor como um motor da descentralização energética nacional.
1.2 Perfil da expansão
A expansão é puxada principalmente pelos sistemas solares fotovoltaicos, que representam mais de 97% da GD no país. Em 2025:
- 75% da potência instalada está concentrada no setor residencial e comercial.
- O setor industrial adicionou mais de 1 GW, com destaque para pequenas e médias indústrias.
- Regiões com tarifas mais altas e maior incidência solar, como Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, lideram em adesão.
1.3 Geração de empregos e impacto social
Segundo estimativas da ABGD e WWF Brasil, a GD já é responsável por mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. Até 2030, esse número pode dobrar, caso o ritmo de crescimento se mantenha.
2. Marco Legal da Geração Distribuída: o que muda em 2025
A Lei 14.300/2022 estabeleceu o Marco Legal da Geração Distribuída, criando regras mais claras para conexão à rede, compensação de créditos e pagamento pelo uso da infraestrutura elétrica.
2.1 Compensação escalonada da TUSD Fio B
Desde 2023, sistemas conectados após 07/01/2023 passaram a arcar, gradualmente, com uma parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD):

Em 2025, o “Fio B” na tarifa de energia solar corresponde a 45% da TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição). Isso significa que uma parte da energia excedente injetada na rede pela concessionária será taxada, seguindo o estabelecido pela Lei nº 14.300.
Esse escalonamento impacta diretamente o retorno financeiro dos projetos, exigindo otimizações técnicas e financeiras mais robustas.
2.2 Desafios práticos do marco regulatório
- Conflitos com distribuidoras: negações de conexão e alegações de limitação técnica têm sido frequentes.
- Judicialização: alguns projetos enfrentam atrasos por disputas regulatórias.
- Insegurança jurídica para investidores: variações nas interpretações estaduais e falta de padronização nacional dificultam previsibilidade.
3. Oportunidades e Previsões para 2025–2030
3.1 Mercado aquecido
Com a crescente pressão por ESG, redução de custos operacionais e independência energética, o Brasil deve atingir 55 GW de GD até 2030, segundo projeção da Greener.
3.2 Avanço de novas tecnologias
A expansão da GD será impulsionada por:
- Sistemas híbridos (solar + baterias).
- Microrredes inteligentes, com controle automatizado de fluxo.
- Plataformas de monitoramento em tempo real via IoT.
- Soluções compartilhadas como geração em condomínio ou consórcio.
3.3 Nova lógica de negócios
- O modelo de locação de sistemas e geração compartilhada cresce como alternativa viável frente à perda progressiva da compensação integral.
- Empresas passam a oferecer serviços completos, do projeto à operação e manutenção com performance garantida.
4. Como a MTX26 está se preparando para esse cenário
A MTX26 acompanha de perto cada mudança do setor e se posiciona como parceira estratégica para empresas que desejam gerar sua própria energia com previsibilidade e retorno claro.
4.1 Estratégia técnica e regulatória
- Otimização dos projetos para minimizar perdas com a TUSD Fio B.
- Adoção de soluções com geração compartilhada e consórcios, permitindo acesso à GD mesmo em locais sem telhado ou terreno próprio.
- Equipes capacitadas em análise regulatória e trâmites junto às distribuidoras, reduzindo prazos de homologação.
4.2 Inovação tecnológica
- Integração de monitoramento por IoT, relatórios automatizados e suporte proativo.
- Implementação de bancos de baterias e estruturas híbridas.
- Parcerias com fornecedores de ponta em painéis, inversores e softwares.
4.3 Atendimento consultivo e financeiro
- Modelagem de projetos com foco em TIR e payback ajustados à nova realidade.
- Acesso a linhas de financiamento com instituições parceiras.
- Atendimento personalizado por segmento (construtoras, imobiliárias, indústrias, condomínios).
Quem se adapta, lidera
A geração distribuída vive um novo ciclo no Brasil — mais competitivo, técnico e regulado. Se antes bastava instalar, hoje é preciso estruturar, calcular e escalar com inteligência.
Empresas como a MTX26, que investem em inovação e antecipação regulatória, estarão à frente na próxima década. O futuro da geração distribuída será promissor para quem se adapta, entende os riscos e transforma as mudanças em diferencial competitivo.