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7 de agosto de 2025A transição energética deixou de ser um plano de longo prazo — ela já começou, e o armazenamento de energia é parte central desse processo. À medida que fontes como solar e eólica ganham protagonismo, cresce também a necessidade de tecnologias capazes de garantir estabilidade, eficiência e continuidade no fornecimento. É nesse cenário que os Sistemas de Armazenamento por Baterias — os chamados BESS (Battery Energy Storage Systems) — se tornam protagonistas.
Em 2025, o Brasil deve ultrapassar a marca de 1 GWh de capacidade instalada em sistemas BESS, com aplicações que vão desde usinas de grande porte conectadas à rede até soluções para empresas que buscam mais autonomia energética. E a tendência é de expansão acelerada.
Neste artigo, a MTX26 explica como funcionam os sistemas BESS, quais os tipos mais relevantes, os benefícios estratégicos para empresas e como se preparar para essa nova etapa do setor elétrico brasileiro.

O BESS armazena eletricidade gerada por diversas fontes, como usinas, painéis solares ou outras fontes renováveis, em baterias de alta capacidade.
1. O que são sistemas BESS?
Sistemas BESS são conjuntos de baterias — normalmente de íons de lítio — conectadas a um sistema de controle e conversão, que armazenam energia elétrica para ser usada posteriormente.
Na prática, funcionam como um “pulmão” do sistema energético: acumulam energia quando há excesso de geração e devolvem à rede quando há demanda, instabilidade ou preço elevado.
Mas os benefícios vão muito além disso. Os BESS também possibilitam:
- Redução de custos com demanda contratada (peak shaving);
- Backup em caso de queda de energia;
- Integração com sistemas de geração distribuída (como solar fotovoltaica);
- Otimização do uso de energia em horários de ponta;
- Apoio à estabilidade da rede em casos de oscilação ou sobrecarga.
2. Tipos de aplicação de BESS
Existem diferentes formatos de aplicação para sistemas BESS, e cada um atende a uma necessidade específica. Veja os principais:
a) Sistemas BESS em larga escala
São aqueles conectados diretamente à rede de transmissão ou subestações, com atuação em nível nacional ou regional.
Objetivo: reforçar a rede elétrica em horários críticos, aliviar o sistema interligado nacional e evitar apagões.
b) Sistemas BESS comerciais e industriais (C&I)
Aplicações em empresas que desejam autonomia energética, redução de custos e garantia de fornecimento.
Esses sistemas ficam instalados “atrás do medidor”, ou seja, operam dentro do consumo do próprio cliente. Podem ser integrados a usinas solares ou usados como backup em locais com fornecimento instável.
Objetivo: reduzir a conta de luz, mitigar riscos de paralisação e aproveitar melhor a energia gerada localmente.
c) Sistemas BESS residenciais e para microgrids
Soluções de menor escala, voltadas para residências, condomínios e áreas isoladas (como fazendas ou comunidades remotas).
Com a queda no custo das baterias e maior acesso a tecnologias digitais, esse tipo de aplicação vem crescendo em regiões com tarifas elevadas ou com baixa qualidade de fornecimento.
Objetivo: dar autonomia total ou parcial ao consumidor, além de estabilidade e economia.
3. Por que os sistemas BESS estão crescendo no Brasil?
O crescimento dos BESS no Brasil é impulsionado por uma combinação de fatores:
a) Matriz energética mais descentralizada e intermitente
Fontes como solar e eólica são limpas, mas não são constantes. O armazenamento garante que a energia gerada durante o dia (ou com vento) possa ser usada quando for mais necessária.
b) Necessidade de estabilidade e controle de rede
Com o aumento de GD e geração intermitente, o sistema nacional precisa de tecnologias que suavizem picos, compensem oscilações e garantam a segurança do fornecimento.
c) Avanço da digitalização e da indústria 4.0
Cada vez mais empresas precisam de energia confiável e inteligente. BESS, aliado a sistemas de gestão energética (EMS), permite decisões estratégicas em tempo real.
d) Incentivos e abertura regulatória
O Brasil já iniciou consultas públicas e testes regulatórios para integrar BESS ao mercado de energia. Leilões de reserva, créditos de energia, e compensações futuras já estão sendo discutidos.
4. Dados de mercado em 2025
- O Brasil encerrou 2024 com 685 MWh de BESS instalados, e deve ultrapassar 1 GWh até dezembro de 2025.
- A maior parte do crescimento vem de sistemas comerciais e industriais (C&I) e residenciais.
- O potencial de mercado para armazenamento no Brasil até 2030 é estimado em R$ 22,5 bilhões.
- A carga tributária ainda é um entrave: 79% do custo total de um BESS está ligado a impostos, com destaque para o ICMS, que representa 36% do custo (MegaWhat, 2025).
- Projetos como o da ISA CTEEP, Huawei, BYD e Weg lideram a adoção e ajudam a pavimentar o caminho para o setor privado.

Um Sistema de Armazenamento de Energia em Bateria (BESS) é um sistema que armazena eletricidade em baterias para uso posterior, seja em momentos de alta demanda ou quando há interrupção no fornecimento de energia. Ele atua como um backup inteligente e automatizado, garantindo energia mesmo sem a rede elétrica.
5. Como as empresas podem se preparar
A adoção de um sistema BESS não é uma decisão apenas técnica — é estratégica. Envolve análise de consumo, projeções de retorno e planejamento regulatório.
Passos fundamentais:
- Diagnóstico energético: entender o perfil de consumo, horários de pico, tarifas e oportunidades de economia.
- Estudo de viabilidade técnica e financeira: análise de TIR, payback, ROI, custos operacionais e integração com GD (se houver).
- Escolha da tecnologia: tipo de bateria, capacidade de armazenamento, ciclos de descarga, inversores e sistema de controle.
- Licenciamento e regulamentação: alinhamento com normas da ANEEL, distribuidoras locais e órgãos ambientais (quando necessário).
- Operação e monitoramento: uso de plataformas EMS para controle, diagnóstico remoto e otimização do sistema.
6. Como a MTX26 apoia empresas nessa jornada
A MTX26 oferece soluções completas em armazenamento de energia, com foco em performance, segurança e retorno real.
Nosso time técnico atua lado a lado com o cliente em todas as etapas:
- Análise e diagnóstico energético;
- Projeto e especificação técnica do sistema BESS;
- Apoio regulatório e jurídico;
- Instalação, integração e comissionamento;
- Gestão e operação com indicadores de desempenho (KPIs);
- Otimização tributária e projeção de retorno.
Com experiência em projetos de geração distribuída e energia corporativa, a MTX26 é parceira estratégica para empresas que querem liderar o futuro energético com tecnologia e visão de longo prazo.
O armazenamento de energia deixou de ser tendência
E quem se antecipa colhe os benefícios. Seja para garantir estabilidade operacional, reduzir custos ou participar ativamente da transição energética, os sistemas BESS oferecem vantagens que vão além da energia: representam eficiência, inteligência e controle.
Se sua empresa quer reduzir riscos, aumentar autonomia e transformar energia em ativo estratégico, conte com a MTX26.