Redes Inteligentes e a Importância da Cibersegurança no Setor Elétrico

Importância da Cibersegurança no Setor Elétrico

Quando a energia também se conecta, ela precisa se proteger

A transformação digital do setor elétrico trouxe eficiência, flexibilidade e descentralização. Tecnologias como smart grids, sistemas SCADA, IoT e geração distribuída conectada à nuvem transformaram a matriz energética em algo mais ágil e interativo.

Mas, com a interconectividade, surgem também vulnerabilidades. Em 2025, a ameaça cibernética já é considerada risco sistêmico no setor elétrico brasileiro. O ONS aponta que incidentes em sistemas de controle cresceram 60% no primeiro semestre de 2025, enquanto pesquisa da PwC mostra que 1 em cada 3 empresas do setor já sofreu tentativa de ataque cibernético nos últimos 18 meses.

Importância da Cibersegurança no Setor Elétrico
A cibersegurança é vital no setor elétrico para proteger a infraestrutura energética de ataques que podem levar a apagões, danos a equipamentos e instabilidade económica, pois a crescente digitalização e interconexão dos sistemas tornam as redes vulneráveis a ameaças sofisticadas. A garantia de um fornecimento de energia estável e seguro depende da implementação de medidas robustas de cibersegurança para proteger a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos sistemas de informação.

O que está em risco?

O risco cibernético no setor elétrico é crítico porque afeta diretamente a sociedade e a economia:

  • Serviços essenciais: uma falha pode comprometer hospitais, telecomunicações e segurança pública.

  • Interconectividade sistêmica: redes são interdependentes, logo uma falha localizada pode escalar.

  • Automação em larga escala: manipulação de dados (FDI) pode causar decisões erradas em milissegundos.

  • Ambientes OT vulneráveis: muitos equipamentos usam protocolos legados sem criptografia.

  • Ameaças híbridas: ciberataques combinados a sabotagem física são realidade geopolítica.


O avanço das redes inteligentes no Brasil

Em 2025, a digitalização energética avança em ritmo acelerado:

  • Mais de 90 milhões de consumidores já possuem medidores inteligentes (EPE).

  • 85% das distribuidoras operam SCADA na nuvem.

  • A geração distribuída solar ultrapassou 27 GW instalados, quase toda com comunicação remota.

  • O país se prepara para o primeiro leilão de capacidade com baterias conectadas digitalmente.

  • A ANEEL abriu consulta pública sobre requisitos mínimos de cibersegurança.

Modernização traz ganhos, mas também amplia a superfície de ataque para criminosos digitais.


Tipos de ameaças mais comuns no setor elétrico

4.1 Injeção de dados falsos (FDI – False Data Injection)

Manipulação de medições que induzem o SCADA a decisões incorretas (ex.: abrir circuitos).

4.2 Ataques DDoS

Sobrecarga de comunicação entre centros de controle e subestações → perda de visibilidade.

4.3 Exploração de protocolos legados (Modbus, DNP3)

Protocolos sem criptografia permitem comandos remotos maliciosos.

4.4 Ransomware em OT

Criptografia de dados de controle → exigência de resgate financeiro.

4.5 Ameaças internas

Atores internos com acesso privilegiado respondem por grande parte dos incidentes.


Estratégias técnicas para mitigar riscos cibernéticos

A MTX26 recomenda uma defesa em camadas, alinhada a frameworks como NIST, IEC 62443 e ISO 27001:

  • Segmentação de redes IT x OT: impede que ataques corporativos cheguem ao SCADA.

  • Criptografia de dados: TLS/SSL em trânsito + AES-256 em repouso.

  • Monitoramento contínuo com IA: análise de comportamento (UEBA) detecta anomalias.

  • Identidade e acesso (IAM + MFA): acesso mínimo, logs de auditoria e autenticação multifator.

  • Hardening e atualizações: firmware atualizado, portas fechadas, proteção contra reprogramação.

  • Simulações e resposta a incidentes: pentests e exercícios regulares para treinar equipes.


Regulação em cibersegurança no setor elétrico (2025)

Em março/2025, a ANEEL, em conjunto com ONS, MME e GSI, publicou o Guia Preliminar de Boas Práticas:

  • Planos obrigatórios de cibersegurança para agentes acima de 5 MW.

  • Auditorias anuais e relatórios de maturidade (CMMI-Sec).

  • Planos de resposta a incidentes integrados ao SIN.

  • Notificação obrigatória em até 24h.

📌 A implementação obrigatória está prevista para janeiro de 2026.


O papel da MTX26 na proteção das redes inteligentes

A MTX26 atua em todo o ciclo de proteção digital:

  • Arquitetura de segurança para OT: segmentação, firewalls industriais, proteção física e lógica.

  • Monitoramento e resposta a incidentes: SIEM com dashboards preditivos, equipe dedicada.

  • Pentests e testes de vulnerabilidade: simulações controladas para validação de defesas.

  • Compliance e treinamento: adequação às normas ANEEL, ISO 27001 e IEC 62443, capacitação e governança.


Casos reais de ataques cibernéticos

  • Brasil (2023): tentativa de ransomware em distribuidora do Sudeste → neutralizada pelo SOC.

  • EUA (2024): ataque híbrido contra subestação em Oregon, com perda de controle por 6h.

  • Ucrânia (2022): malware Industroyer 2 paralisou 200 MW por 4h.

Esses exemplos mostram como a ameaça é global e crescente.


Tendências em cibersegurança (2025–2030)

  • IA defensiva vs IA ofensiva: algoritmos autônomos de defesa contra ataques automatizados.

  • Blockchain para autenticação de dispositivos: garantia de integridade e rastreabilidade.

  • Cibersegurança como ativo ESG: investidores exigem planos claros de segurança digital.

  • Cyberinsurance: seguros cibernéticos passam a ser requeridos em PPAs e leilões.


A digitalização do setor elétrico é irreversível. Mas não há avanço sem proteção. A cibersegurança tornou-se pilar da segurança energética.

A MTX26 combina engenharia, dados e governança regulatória para estruturar soluções robustas em cibersegurança no setor elétrico, garantindo continuidade, ROI e resiliência de longo prazo.

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